sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

Eu e a Claro

Eu sempre amei a Claro (operadora de telefonia celular). Sou cliente deles desde que a empresa iniciou (já perdi a conta de quando foi isso) e quem me conhece sabe que mantenho o mesmo número desde então (exceto por uma incursão desagradabilíssima pela Tim, que durou menos de um ano e eu ainda mantive o número da Claro). O aparelho também já tinha uns 6 ou 7 anos.

Pois bem. Resolvi trocar de aparelho ontem, aproveitando uma promoção de um celular Sony Ericsson (T290) a R$ 49,00. Maravilhoso, não é?

Não. Passei praticamente duas horas (sem exageros) na loja da Claro. A primeira meia-hora foi de espera na fila (é um saco, mas tudo bem, a gente espera). Quando nos sentamos à mesa do atendente começou a odisséia.

Absurdo número 1: depois de tantos anos como cliente da Claro, ainda me pedem comprovante de residência na hora de trocar de aparelho.

Daí, quis fazer a transferência no meu nome. O rapaz me disse que não podia, pois o comprovante de residência (uma conta de telefone, ou seja, um documento considerado oficial) estava no nome do Roney e que eu tinha de ter um outro comprovante no meu nome para realizar a transação.

Um parênteses: em qualquer lugar que eu vá esse comprovante de endereço serve. Se eu quiser abrir uma conta no banco, eu uso o comprovante no nome do Roney; se eu quiser pegar um empréstimo; se eu quiser fazer uma compra parcelada, um crediário - QUALQUER coisa. Menos a Claro. A Claro não aceita que eu use uma conta do meu marido para comprovar a minha residência. Absurdo número 2.

Então, vamos fazer a transação no nome do Roney. Ótimo. Documentos ok, comprovante de residência ok. Nada feito. O Roney tem vários telefones cadastrados na Claro. Um deles está com meu pai, que não pagou a conta de dezembro e por isso ele não podia comprar um novo telefone no próprio nome.

Até então, tinha-se passado uma hora.

Tem algum outro comprovante de residência com você? Não. Mãe, você tem um comprovante de residência aí? Tenho, filha. Me empresta, mãe, se não a gente não sai daqui hoje.

Outro problema: meus pais são separados, portanto eu sou filha de uma pessoa que não existe mais (a que tinha o nome de casada). Nome da mãe na identidade: Wanda da Costa e Mello. Nome da mãe no comprovante de residência: Wanda Bastos Coelho da Costa. Nada feito.

Daí eu resolvi brigar. Porque não ia perder meu tempo, com trabalho me esperando em casa, para chegar lá e não conseguir resolver a troca de aparelho.

Outro detalhe que não mencionei: na semana passada comprei um celular de um real para minha irmã exatamente com o comprovante de residência que o mocinho de ontem não queria aceitar.

Foi o que expliquei a ele. E disse que aquilo tudo não fazia o menor sentido. Que se ele não desse um jeito, eu ia hoje na loja que fui na semana passada e compraria com outro vendedor. Obviamente, ele deu um jeito. Falou com deus-e-o-mundo e resolveu aceitar.

Tudo acertado, papéis assinados, entro na fila para pagar o aparelho. Antes disso, pergunto ao mocinho quanto tempo vai levar a transferência da linha. São várias transferências: 1. de pré-pago para pós-pago; 2. do nome de Roney para o nome de Cláudia; 3. de TDMA para GSM; 4. de aparelho em si.

Resposta do moço: no máximo 24 horas, mas normalmente quando você terminar de dar a carga máxima no aparelho (12 horas) ele já vai estar ativado. O que se entende por isso? Que a esta hora eu já estaria falando no telefone novo, certo? Errado.

Liguei hoje pra Claro: querido, me disseram que o prazo máximo era de 24 horas para a transferência, mas até agora ainda está como "sim inativo"; tem algum prazo para a transferência? O prazo é de 5 dias úteis, senhora. COMO????? CINCO?!?!?!?! DIAS ÚTEIS?!?!?!? Como assim????

Resultado: até agora, não pude testar meu aparelho novo; e, como estou sem créditos de pré-pago, não posso fazer ligações.

Roney está no telefone brigando (eu já cansei)...

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